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Resenha Crítica: A Menina que roubava Livros

Existem leituras que nos instigam a curiosidade por assuntos que não estão no topo de nossos interesses. Confesso que foram pouquíssimas as vezes que os detalhes sobre os fatos que acarretaram a Segunda Guerra Mundial e a política do grande Führer da Alemanha nazista chamaram minha atenção. Mas agora, graças à leitura da aclamada obra A Menina que Roubava Livros, que inclusive estava na minha lista de leituras havia pelo menos dois anos, estou deveras empenhada em buscar mais informações sobre o assunto. Nesta altura do texto, não dou detalhes da minha opinião sobre o livro, mas adianto que fiquei encantada ao ser presenteada por minha sogra com essa linda obra de extraordinárias palavras.

Informações Técnicas

Título: A Menina que roubava Livros
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
N° de páginas: 478

Sinopse: Liesel Meminger é uma garotinha que se vê obrigada a deixar sua vida tradicional para trás quando sua mãe, comunista, leva ela e seu irmão para pais de adoção, só que no trajeto, no entanto, seu pequeno irmão morre e Liesel se sente mais sozinha do que nunca. Leva um tempo para se adaptar à nova vida, mas não muito tempo, porque logo a pequena alemã de olhos castanhos, o que não é muito vantajoso para quem vive sob a política de Adolf Hitler, o Führer nazista, sente o grande amor que seu pai (Hans Hubbermann) de adoção nutre por ela. Sua nova mãe Rosa, apesar de durona e boca suja, também tem um grande coração, o que faz Liesel amar a nova família, embora ainda deseje o retorno da verdadeira mãe. Liesel também conhece Rudy, seu vizinho, de quem se torna confidente e melhor amiga. A menina que enfrenta dias obscuros e de grandes provações e privações encontra na leitura, e no roubo de alguns livros, uma tentativa de fuga desse mundo tão injusto, no qual vive. Ao mesmo tempo que descobre o poder das palavras, que podem tanto enriquecer o mundo e proporcionar o progresso e a alegria, quanto destruir vidas e esperanças, Liesel luta para encontrar felicidade em meio à pobreza, injustiça e crueldade política.

Crítica: Não ouvi de poucas pessoas que A Menina que Roubava Livros foi a melhor obra já lida. Mas também não ouvi de poucos que a leitura não passou das primeiras 20 páginas. E se você não for um tanto perseverante na leitura, certamente não vai passar das primeiras 20 páginas mesmo, porque o início é um tanto poético demais, e se poesia não lhe for agradável, é possível que surja a impressão errada de que o livro inteiro é assim. Mas aí, o leitor vai perder uma grande oportunidade de mergulhar numa narração magnífica contada por, ninguém menos, que a Morte, que se interessou tanto pelo destino de Liesel que achou que sua vida renderia uma grande história.

O que mais me encantou no livro foi o modo como o autor tratou um assunto tão delicado, como a política nazista, de uma forma tão atraente e convidativa. Senti mais curiosidade para estudar o assunto depois da leitura. Mas claro que há centenas de pontos positivos nessa obra maravilhosa. A sapequice de Liesel me deixa à vontade com as minhas próprias. Eu era bem moleca e, tirando o fato de Liesel ser uma ladra de comida e livros, me identifiquei muito com a personagem por seu jeito desprendido de riquezas e de modismos. A obra toda é cheia de lições, mas também cheia de aventuras. A leitura somente seria agradável, atraente, mas o final tornou uma história um pouco mais que comum em um enredo extraordinário. Tanto que lágrimas escorreram literalmente por meu rosto. Não parei de chorar até cair no sono, porque o desfecho não poderia ter sido mais surpreendente e emocionante. Fez-me pensar como as nossas vidas estão sempre por um fio. Nas mãos da senhora Morte, podemos ir embora deste mundo a qualquer momento, e ela não tem dó de nos levar. Mas acima disso, até que ponto vale a pena protelar os pequenos momentos, levando em consideração que nossa vida é tão frágil? Agora si, já posso assistir ao filme.

Minha Nota: 10,0

Resenha Crítica: Diário de Uma Paixão

Confesso que nunca havia lido nenhum livro de Nicholas Sparks até recentemente. Não que eu não tivesse vontade, mas sempre dei prioridade para outros gêneros, já que, embora eu seja mulher, não sou muito romântica. Mal isso, né? Mas acabei me rendendo ao livro Diário de Uma Paixão, presente de aniversário do meu querido pai. O livro estava na fila, meu aniversário é em novembro.. hehe... Confira a sinopse e meu parecer mais abaixo.

Sinopse: O livro tem início com um senhor que narra uma história de amor a outra idosa. Mas não é uma história de amor qualquer, e sim uma relação que resistiu a vários desafios e forças externas contrárias a esse romance. Noah Calhoun e Allison Nelson são dois jovens de classes diferentes que se conhecem em um verão e se apaixonam perdidamente. Como era de se imaginar, os pais de Allie (Allison), que eram eles a família de classe alta, e não a de Noah, não aprovaram o relacionamento, e fizeram com que os jovens se separassem. Temendo que os dois continuassem o romance às escondidas, os pais se mudam de cidade acabando de vez com a história. Anos mais tarde, quando Allie está para se casar com um advogado de renome, uma matéria de um jornal local sobre a restauração de uma antiga casa, a qual Allie reconhece imediatamente como sendo a casa de Noah, faz com que ela sinta o incontrolável desejo de visitá-lo. Lá chegando, ambos recomeçam o processo de reconstrução de seu relacionamento. Até que chega o momento de Allie decidir se ficará com Noah a todo o custo, ou fará a vontade de sua família e se casa com seu pretendente satisfazendo as exigências de sua família que preza pelos costumes de uma alta sociedade.

Crítica: Estou para ver o filme, porque amo a Rachel McAdams. Acho ela uma linda e amada, e eu queria ser ela... hehehe. Mas vamos ao livro. Francamente, eu imaginava que o grande Nicholas Sparks fosse o melhor romancista do mundo, tendo em vista o imenso número de fãs e seu grande renome. Mas quase sempre quando a expectativa é grande, no fim, acaba vindo com ela uma decepção, às vezes enorme, às vezes pequena. E foi isso que aconteceu comigo e com O Diário de Uma Paixão. Por favor, não me leve a mal. Não quero dizer que o livro não é bom. Eu só esperava que a minha opinião fosse paralela ao que eu imaginava dele. O caso é que o achei um romance bastante comum, nada muito extraordinário. Mas ele não é de todo ruim, não. A narrativa é envolvente, o desfecho é muito agradável e a história de amor dos dois é um exemplo de como o amor verdadeiro deveria ser. E se existe amor como esse, então o mundo não está tão perdido. Acabei de comprar mais quatro livros do autor, aproveitando a mega promoção que o Submarino fez recentemente, e tenho mais um que está na fila faz um tempinho. Isso quer dizer que a decepção não foi tão grande a ponto de eu desistir do queridinho Nicholas. Mas, sinceramente, espero que Diário de Uma Paixão não seja sua melhor obra.

Minha Nota: 7,0

Resenha Crítica de Livro: A Garota da Capa Vermelha

Gostaria de ter assistido ao filme, antes de comentar a respeito do livro, mas, sinceramente ainda não tive coragem. Afinal, A Garota da Capa Vermelha tem uma mistura perfeita de ação, romantismo, mas como ingrediente principal, muito suspense. E como sou medrosa, por enquanto, deixei somente minha imaginação fluir, já que certamente ela é muito mais light que as cenas do filme.

Sinopse: Uma versão mais adulta do conto infantil Chapeuzinho Vermelho e, ao contrário da maioria das obras adaptadas, dessa vez o livro é que foi baseado no filme. Valerie, que é interpretada por uma das mulheres mais lindas das telonas, Amanda Seyfried, é a protagonista dessa aventura. Com um cenário sombrio do século XIX, a menina tem uma vida um tanto diferente das garotas de sua faixa etária, um pouco mais infantil e menos fútil. Na aldeia onde vivem, as famílias são amedrontadas em toda a lua cheia por um lobisomem. Para que as famílias fiquem imunes ao massacre, elas oferecem algum tipo de sacrifício animal. Mas um dia, o lobo mata um membro da aldeia inesperadamente, e para infelicidade de Valerie, esse membro é sua irmã mais velha, Lucie.

Além dessa tristeza, Valerie está numa dúvida cruel a respeito de seu futuro amoroso. Noiva de um bonitão que a venera, Henry, mas apaixonada por um antigo amigo, Peter, que, depois de anos, retorna ao vilarejo, Valerie não tem a menor ideia se enfrenta um casamento forçado ou toda sua família, vizinhos e amigos para ficar com o menino de quem realmente gosta, principalmente por ser este o maior suspeito de ser o tal do lobisomem, já que é todo estranho e caladão. No meio de toda essa história, os membros da aldeia tentam caçar o lobisomem, e chamam até um padre xarope, que se mostra bastante cruel.

Crítica: O livro é até bem bacana. O que mais gostei da trama foi o fato de que as desconfianças mudam a todo momento a respeito de quem é o lobisomem. Desconfiamos de todo mundo. O final é maravilhoso e surpreendente, apesar de triste. Ele prende bastante a atenção, apesar das muitas críticas negativas que recebeu. O pior aspecto do livro foi  fato de o fim dele não estar na obra e ter que ser acessado pelo site da editora.  Ninguém gostou nem um pouquinho disso.

Minha Nota: 8,0

Resenha Crítica: Laços Inseparáveis

Emily Giffin é uma escritora de coração. Digo isso porque, apesar de ser advogada e muito jovem, sua grande paixão é escrever, e já é considerada uma grande autora de romances instigantes e muito bem escritos. A primeira obra que li da autora foi graças a uma boa tacada de sorte, quando pela primeira vez na vida, fui sorteada e o prêmio foi justamente um dos que mais gostaria de ganhar, um livro. Veja detalhes dessa experiência aqui. Foi graças a esse livro, Laços Inseparáveis, que passei a conhecer um pouco melhor o trabalho de Emily. E posso adiantar que a obra me agradou, a não ser por alguns detalhes, que vou explicar mais adiante. Antes fique com a sinopse.

Sinopse: Marian Cadwell tem uma vida invejável. É bonita, inteligente, produtora talentosa de uma série de televisão, rica, namora com seu chefe bonitão e é bajulada por todos ao seu redor. Mas ninguém, com exceção de sua mãe, conhece seu maior segredo, algo ocorrido em seu passado que ela pretendia deixar por lá, não fosse o fato de que ele é desenterrado no dia em que bate na sua porta uma jovem de 18 anos, Kirby Rose, trazendo à tona o resultado desse episódio e todas as lembranças que haviam ficado para trás. Para Kirby esse encontro é, também, um dos eventos mais importantes de sua vida, e poderá explicar alguns pequenos detalhes de sua vida e de sua personalidade que ela não consegue entender.

Crítica: É um pouco difícil fazer uma crítica e explanar a sinopse de um livro quando ele exige tanto segredo, embora ele seja revelado antes da página 30. Ainda assim, seria sem graça de minha parte, e irritaria quem ainda não sabe muito sobre Laços Inseparáveis, se eu revelasse exatamente do que se trata o enredo. Então, vou tentar ser clara, sem estragar a curiosidade de quem ainda não leu o livro, mas pretende. A história gira em torno de assuntos familiares mal resolvidos e conflitos emocionais que foram desencadeados graças a impulsos juvenis não controlados. Pode parecer um tema um tanto chato para quem gosta de aventura, histórias de personagens sobrenaturais, etc, etc, mas o caso é que Emily consegue prender a atenção de uma forma que fica bastante difícil parar de ler. O livro é longo, mas não se assuste com isso, porque você vai devorar as páginas rapidinho. A história é narrada em primeira pessoa, mas com um diferencial super bacana, cada capítulo é contado de forma alternada por Marian e Kirby. E isso deixou a leitura super gostosa.

Só tem um problema: não gostei muito de alguns detalhes íntimos entre os personagens, e será sempre um problema para mim quando eu me deparar com questões muito sensuais. Sei lá, acho que, com raras exceções, descrições sexuais são meio apelativas. Mas tudo bem. Esse é um detalhe que me incomoda um pouco, mas que não tira a grandiosidade da obra. Tornei-me fã da Emily e quero demais todas as outras obras dela.

Minha Nota: 9,0

Resenha Crítica: O Dia do Curinga

A imaginação fértil é um dom dado às crianças que lamentavelmente, com raras exceções, não se estende à fase adulta. Creio que eu esteja sentindo necessidade de me infiltrar novamente nesse mundo e relembrar os sentimentos que tinha na minha tenra infância, pois casualmente vários filmes, livros e histórias tem me chamado a atenção para o que é irreal, porém belo. Já falei no meu outro blog a respeito do filme Onde Vivem os Monstros, que não me agradou muito, mas me fez sentir um pouco da alegria de infância de enxergar o mundo de uma perspectiva imaginária e não plenamente real.

Uma das obras literárias mais agradáveis para se vivenciar novamente os fascínios da infância e colocar a mente para viajar por um mundo com o qual não somos acostumados é O dia do Curinga de Joistein Gaarder. A história é fantástica e narra a viagem de um filho com seu pai pela Europa à procura da mãe, que foi embora porque queria "encontrar a si mesma". Logo no início da viagem, o menino ganha uma lupa que, não por coincidência, serve para ler um minúsculo livro que ele "encontra" logo no início de sua viagem. É a partir dessa leitura que Hans, o menino, mergulha na leitura e descobre ligações interessantes entre a história do livrinho e sua própria história. Ao mesmo tempo, o pai de Thomas aproveita o tempo livre que a viagem oferece para ensinar lições filosóficas importantes ao filho. Hans acaba presenciando as cartas de baralho ganharem vida, como pequenos anões, e mostrarem características emocionais distintas.

É incrível como o autor consegue, do mesmo modo que em O Mundo de Sofia, expressar seu conhecimento sobre questões filosóficas um tanto complexas de forma tão clara e interessante que tanto crianças quanto adultos conseguem captar. Questões essas tão importantes quanto inevitáveis com as quais quase todo mundo acaba se deparando ao longo de toda a vida. Joistein é um grande filósofo, e de maneira não convencional consegue atrair a atenção para a filosofia, sendo que raramente sua narrativa é maçante e com essa arte de atrair a atenção brincando com as palavras, ele ensina e diverte ao mesmo tempo.

Minha Nota : 9,0

Resenha Crítica: O Mundo de Sofia

Falei recentemente a respeito de um livro fantásico intitulado O Dia do Curinga. Imaginei que a crítica surtiria efeito e, depois de um comentário de um leitor, que aprecia as obras do autor Jostein Gaarner, decidi que era hora de falar um pouco do mais renomado livro desse grande escritor, O Mundo de Sofia. O livro já tem quase 20 anos, mas mesmo as gerações mais jovem ouvem muito falar e lêem a respeito da menina que começou a receber cartas misteriosas de um professor de filosofia e se apaixonou pelos muitos mistérios da vida e da história da humanidade.

A história não se limita à filosofia, se assim fosse, a obra não teria se tornado tão apreciada no mundo todo, por tanta gente, mas, sem dúvida, só pelos aficcionados por filosofia. O que o tornou um sucesso foi a maneira como o autor brinca com os grandes temas da história introduzindo-os na vida de uma menina simples que viveu, de corpo e espírito, as grandes épocas da história, tendo a oportunidade de entender seus mistérios exatamente da mesma forma como os grandes pensadores, questionando-os e descobrindo-os.

Sofia é uma estudante que está prestes a fazer 15 anos. Alguns dias antes de seu aniversário, começa a receber cartas misteriosas de um professor de filosofia, questionando a menina sobre os vários mistérios da vida, "De onde viemos", "Quem ela realmente é", etc. Aos poucos, Sofia se interessa por questões assim e passa a receber lições a respeito dos grandes dilemas da humanidade, e de detalhes históricos que explicam essas questões. Mas, junto com essas cartas, Sofia passa a "encontrar" pertences de uma outra menina, Hilde, a respeito de quem Sofia nunca havia ouvido falar. Além desses fatos meramente históricos, acontecem coisas muito estranhas com Sofia, até mesmo assustadoras, que a deixam muito desconfiada. Aos poucos ela entende qual sua relação entre o professor de filosofia e Hilde. A história parece sem graça a princípio, mas a partir de um momento específico, o leitor fica completamente absorto e se questiona se aquilo tudo é mesmo uma história ou se é real, e ainda, se a nossa própria vida é real mesmo ou é uma simples história contada por alguém.

Livro fantástico. Para falar a verdade gostei mais de O Dia do Curinga, mas achei a narrativa de O Mundo de Sofia incrível e faz qualquer um levar a vida mais a sério e querer obter explicação para tudo, porque tudo é muito importante, mas a longo do tempo, as pessoas perdem o interesse pelas coisas simples. Uma das lições que mais gostei foi a de que as pessoas deveriam sempre enxergar tudo com os olhos de um bebê que admira e aprecia tudo. Assim, seriam mais gratas pela vida que têm.

O livro foi adaptado para o cinema em 1999, mas não fez tanto sucesso quanto o livro, que vendeu mais de 20 milhões de cópias. Creio que o filme não tenha feito tanto sucesso porque foi filmado no país de origem do livro, a Noruega.
Minha Nota: 8,0

Resenha Crítica: Terra de Sombras (Série Os Imortais)

Estava analisando as datas em que os livros da série Os Imortais, de Alyson Noël, foram publicados e percebi que os seis volumes tiveram lançamento em 2010 (os três primeiros) e 2011 (os três últimos), o que, presumo, tenha feito a autora se desdobrar em duas para conseguir não sucumbir (exagerada) à pressão e escrever toda a história, deixando todo o romance de Damen e Ever apresentável à editora e ao público. Sou um pouco contra pressões, especialmente quando envolve a criatividade, porque quando elas ocorrem, a obra de arte quase sempre acaba apresentando falhas que saltam aos olhos do público. Claro que estou tendo um visão subjetiva. Não é só porque seja difícil para mim escrever três livros em um ano, que também o será para outras pessoas. Enfim... Vamos à sinopse de Terra de Sombras, o terceiro livro da série. Veja os posts sobre os volumes anteriores: Para Sempre e Lua Azul.

Sinopse: No volume anterior, Lua Azul, Ever toma uma péssima decisão ao acreditar na pessoa errada. Então, em Terra de Sombras, por conta dessa escolha, Ever acaba melando o romance entre ela e Damen, já que um feitiço de Roman acaba impedindo que Ever troque qualquer célula de seu corpo com Damen, sob a pena de seu namorado ser destruído na hora. Então, os dois não podem mais nem ficar de mãos dadas, porque se isso acontecer, Damen é imediatamente destruído. Em meio a esse novo infortúnio, e enquanto procura uma maneira de resolvê-lo, Ever conhece Jude, um rapaz por quem tem uma forte atração imediata. E esse rapaz pode ser a ajuda da qual tanto precisam Ever e Damen, já que ele conhece os poderes da magia muito bem, e passa a ensinar Ever a lidar com ela. Além de tudo isso, Damen leva Ever a conhecer Shadowland, o lugar mais terrível e tenebroso possível... o lugar para onde vão as almas dos imortais caso eles sejam destruídos. A partir daí, Ever leva ainda mais a sério o feitiço de Roman, e desesperada, passa a mexer com magia negra, ignorando qualquer alerta de outras pessoas. As gêmeas Romy e Rayne tornam-se "filhas adotivas" de Damen, já que, devido à péssima escolha de Ever no volume anterior, elas não podem voltar ao plano de Summerland. Roman faz de tudo para se divertir às custas da desgraça do casal, e faz muitas chantagens, inclusive força Ever a escolher entre não conseguir o antídoto que permitirá que ela e Damen finalmente fiquem juntos ou salvar a vida de uma pessoa que ama muito.

Crítica: Se eu realmente não fosse determinada a jamais parar nada pela metade, teria encerrado minha leitura da série exatamente aqui, porque até então, não consegui sentir nenhum prazer em ler a história da irresistível Ever. O que teria sido uma péssima escolha, já que o enredo melhora consideravelmente nos livros posteriores. Mas falando especificamente deste volume, preciso dizer que a protagonista é muito, mas muito irritante mesmo. Claro que desde o início, Ever mostrou ser muito imatura, mas foi nesta altura do campeonato que ela deixou transparecer de todas as formas que tem grandes habilidades em fazer as piores escolhas. Ela foi avisada por todos o quão insensatas estavam sendo suas decisões, o que de nada adiantou, porque, mesmo depois de ter confiado em Roman e ter praticamente destruído qualquer chance de ter sua vida normalizada ao lado de Damen, ainda assim, preferiu ignorar todos os conselhos das pessoas que tanto se preocupam com ela e a amam, e, mais uma vez, caiu na lábia do seu inimigo mortal, fazendo, no final do volume, a pior escolha possível. Fiquei imaginando se essa terrível falta de discernimento de Ever perduraria até o fim da história, mas tenho muita alegria em dizer que não. Mas deixo meus comentários sobre os livros posteriores para mais tarde.

Minha Nota: 5,0

Resenha Crítica de Livro: Para Sempre (série Os Imortais)

Já mencionei em outro post que adquiri recentemente a coleção Os Imortais, aproveitando a baita promoção que o Submarino fez no Black Friday. Há rumores de que a série vai para os cinemas, então, para os fãs basta aguardar, porque, por enquanto, tal afirmativa carece de informações. A série é composta de seis volumes.

Sinopse: O primeiro volume, Para Sempre, narra a adolescência de Ever, uma linda garota que se esconde por baixo de moletons e capuz para esconder, não somente sua beleza, mas sua frustração por ter perdido seus pais e sua irmã em um acidente de carro, segundo ela, por sua própria culpa. E ainda mais, seus dons mediúnicos que a permitem ler pensamentos, e enxergar a aura das pessoas. Dons adquiridos depois do acidente, em uma espécie de choque pós-morte. Isso mesmo, porque Ever ficou a poucos passos de atravessar a "ponte" que a levaria para junto da família. Sozinha no mundo, Ever recebe a tutela de sua tia Sabine, uma mulher ricaça, mas solitária, que vive trabalhando e supre todas as necessidades materiais da sobrinha. Tendo como únicos amigos os "esquisitos", mas não sobrenaturais, Miles e Haven, e o espírito de sua irmã Riley, Ever se isola do mundo, fazendo todo o possível para ignorar seus dons e o mundo, até que conhece Damen, e sua vida passa a ter um novo sentido. Só que há algo muito estranho com Damen, que Ever não consegue entender, especialmente depois que acontecimentos inexplicáveis passam a fazer parte da realidade de Ever, e ela começa a achar que sua relação com ele é muito perigosa.

Crítica: Embora a autora do livro Alyson Noël faça algumas críticas implícitas sobre o quão manjada já está essa história de vampiros, a que ela criou não é tão nova, original e imprevisível como ela mesma acredita. É uma típica historinha de namoro de adolescentes, que supera qualquer amor existente no mundo e que tem uma rival no meio para atrapalhar. Embora ela tente fazer com que Ever seja mais madura, inteligente, incomum e anormalmente mais bela que seus colegas, a verdade é que o contexto já é bastante batido, e a menina é tão manhosa, carente e cheia de manias, como qualquer adolescente (sim, já fui assim também), ou qualquer outra história de amor juvenil. E para variar, o garotão é o grande protetor e responsável pela segurança da mocinha. E eles são os poucos seres no mundo capazes de se envolver com uma realidade sobrenatural. Apesar desses muitos clichês, o enredo é envolvente e muito bem escrito, especialmente da metade do livro para frente, quando começam a ocorrer algumas cenas de ação. O fim do primeiro volume, no entanto, foi bem meia-boca, e umas inclusões de lições de auto-ajuda deixaram a história bastante melosa. Creio que a autora poderia ter caprichado mais nas cenas de ação.

Minha Nota: 7,0

Resenha Crítica: Água para Elefantes

Apesar de ter sido lançado em 2009, o drama literário Água para Elefantes, de Sara Gruen, está agora, dois anos depois*, bombando entre os adolescentes, apesar de o conteúdo ser bastante adulto. O motivo, é claro, deve-se ao fato de Robert Pattinson ser o protagonista do roteiro adaptado para o cinema. De qualquer forma, a obra passa bem longe de ser uma mera historinha de jovens apaixonados. Está mais para uma lição, que ao mesmo tempo imprevisível, melancólica, envolvente e excitante, faz com que o leitor ora se sinta apaixonado pela vida, ora veja nela a pura injustiça do tempo.

Sinopse: Jacob é um quase veterinário que por pouco não se formou numa das mais renomadas universidades americanas, Universidade de Cornell. O garoto lindo, puro e inteligente de 23 anos, deixou as provas finais, que o tornariam um legítimo veterinário, depois que uma tragédia familiar o deixou incapacitado de viver sua vida normalmente. Na sua fuga destemida e desrumada, Jacob pulou para dentro de um trem que mudaria sua vida totalmente. Descobriu em poucos segundos, quando encontrou mais dois passageiros, que o trem levava toda a comitiva do circo Irmãos Benzini, O Maior Espetáculo da Terra. Algumas horas depois, Jacob já estava infiltrado no espetáculo, cuidando dos animais, e fazendo parte da "realeza" do grupo, já que um veterinário foi o que o dono do circo sempre sonhou em ter para que pudesse disputar por igual com seu maior concorrente, o circo dos irmãos Ringling.

Com sua visível força psicológica, Jacob enfrentou sem muito descontentamento, o jeito brutal de que foi tratado pelos seus colegas e patrões. Mas de tão amável, Jacob acabou conquistando a confiança de praticamente todos, inclusive de August, o tratador de animais, portador de um distúrbio psíquico, que num momento o deixava a pessoa mais doce do mundo, mas que diante de qualquer estresse se tornava descontrolado, agredindo qualquer um que cruzasse seu caminho. Casado com Marlena, um dos grandes espetáculos do circo, August tem consciência de que nada provocaria mais sua ira do que ver sua amada esposa nos braços de outro homem. E a mera desconfiança de uma traição de fato foi o clímax de toda a história, que deu ação ao drama e incrementou o romance entre Marlena e Jacob, que inicialmente não passava de olhares e palpitações cardíacas mais intensas ao se aproximarem.

Crítica: A obra é magnífica. Um tanto apelativa na minha opinião, vulgar demais, o que tirou um pouco do brilhantismo da história, mas o enredo de um modo geral é envolvente, criativo, dramático e com umas pitadas de comédia. Uma obra de arte de fato. O livro foi lido pelos membros do Clube do Livro de Tubarão. Além da obscenidade, não posso me queixar de nada. Acho emocionante os momentos da história que são intercalados por relatos de um Jacob velho, com seus 90 ou 93 anos, quando remexe no seu passado, e mostra claramente a mágoa que sente por ser velho e bastante desprezado pela família.

*Esta crítica foi escrita em 2011 neste endereço originalmente.

Minha Nota: 8,0

Resenha Crítica: Anna e o Beijo Francês

Às vezes fico imaginando como será viver na França. Tanto se fala que duvido alguém que não queira conhecer todos os inúmeros pontos turísticos de lá e tudo o mais que essa cultura super sofisticada oferece. Mas existe algo a mais que supera todas as curiosas culturas e aventuras relacionadas à França: o romantismo da cidade mais linda do mundo, Paris. Não que eu tenha muito o que comprovar em relação ao ar de romantismo que Paris oferece, nem muitos conhecidos que possam falar a respeito, mas dos poucos que de fato já foram pra França, pelo menos 2/3 afirmam que Paris tem tudo para fazer com que os coraçõezinhos de qualquer um bata mais forte. E nem é necessário um cupido.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com a super simpática Anna, no livro Anna e o Beijo Francês, depois que ela foi forçada pelo pai a estudar na França. Sim, forçada, porque ela queria mesmo era ficar em Atlanta, perto dos amigos, do namoradinho e levando a vidinha com a qual já estava bem acostumada. Quem não gostaria de ir pra França, não é mesmo? Anna não queria, mas pensando bem, nas circunstâncias que ela estava indo, nem eu iria gostar, afinal, uma coisa é o desejo de ir para a França e desfrutar da beleza de lá, outra é você nem pensar em ir pra algum lugar e de repente descobrir que tudo já está planejado para que você largue mão de sua rotina e fique por lá sem conhecer ninguém, e sem entender uma vírgula do que é dito. O caso é que Anna estava uma fera com o pai, um grande escritor americano, e não estava nem um pouco feliz com sua nova casa que ficava em Paris, na Escola de Americanos onde ela foi matriculada. Só que começou a mudar de ideia assim que conheceu algumas pessoas, como a Meredith, a Rashimi, o Josh e o... ahhhhhhhh... Étienne St. Clair, um americano, que morou uma boa parte de sua vida na Inglaterra, e agora está residindo em Paris. De cara uma sintonia amigável impressionante rola entre eles. Uma amizade bem colorida, diga-se de passagem. Anna começa a se acostumar com a vida na França de uma forma tão sútil, que só percebe sua paixão por Paris, quando volta para casa no Natal e vê que suas concepções mudaram de rumo totalmente, principalmente depois de achar que foi traída por sua amiga Bridgett. De qualquer modo, pôde comprovar o quanto se apaixonou por sua nova vida, por Paris e por St. Clair.

O desenrolar de toda a história não vou contar, porque apesar de ser clichê e você imaginar o que vai acontecer, o livro provoca expectativa e é super gostoso de ler. Tem muita gente que espera criatividade demais nas estórias, ou um enredo mirabolante, algo de outro mundo, sobrenatural, que é um estilo de leitura sensacional, mas não desmerece aquelas simples, como Anna e o Beijo Francês, que é nada mais que o comum, e que embora tenha saído da mente da autora, é quase um retrato do cotidiano de muita gente. Apesar de cada um ter um estilo de preferência literária, não é necessariamente o fato de o livro ser espetacularmente surpreendente e criativo que faz com que ele seja melhor que o outro, mas o amor e dedicação com que escreve o autor, objetivando principalmente agradar o público, e não o lucro, sucesso e o status. Daí, sim, de acordo com o gosto do público, o livro tem grande valor. Stephanie Perkins ganhou um ponto comigo, a autora me agradou muito com essa estreia.

Minha Nota: 9,0
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